Alguém me disse que os meses pares seriam difíceis...e claro, foi!
Prometo, não é pra me gabar...não é pra achar meu filho perfeito mas o Felipe é uma criança calminha, não chora por qualquer coisa e é muito simpatiquinho.
Mesmo assim, eu resolvi leva-lo em uma clínica pra tomar as vacinas, pra evitar a famosa reação.
Ele deu um chorinho nas picadas, e se acalmou em seguida...dormiu, passou metade do dia bem...até que não conseguiu tirar a sonequinha direito, ficou irritado, chorou e só queria colo. Não chegou a ter febre, mas acho que ficou com as pernocas doloridas. Eu tentei manter a calma, porque como a mãe imperfeita que sou, eu não sabia o que fazer, afinal ele nunca chora!
Por sorte, minha diarista estava em casa então eu fiquei na função mãe 100 %! Resolvi ficar com ele no colo, ninar, cantar, conversar! O menininho se acalmava e dormia, mas na hora de colocar na cama, se agarrava na minha blusa e chorava...ele queria só saber da mamãe.
Minha mãe ligou algumas vezes pra saber como ele estava e no fim das contas ela disse "Vou até aí pra você poder descansar". Mas ela acabou não vindo e sabe o que? Cansada eu fiquei, mas eu AMEI saber que aquele gordinho só queria saber de mim, que eu sou a mamãezinha, é o meu cheirinho, meu leitinho, meu colinho o que ele mais gosta! É a mim que ele procura quando fica magoado, triste, feliz! Eu sou a mamãe!
De madrugada, ao sentar na poltrona do quartinho dele, eu não conseguia acreditar que aquele fofuxo é meu e do Rael.
Hoje o Feli ainda estava enjoadinho mas agora a noite já ficou sozinho no balancinho olhando pros bichinhos!
Mesmo super cansada, com dor nas costas e com sono de madrugada meu coração se enche de gratidão por passar por esses experiências. E assim como o cansaço, sono, exaustão passam, esses momentos do meu bebezinho agarrado na minha blusa também vão passar! E é por isso que eu tento aproveitar ao máximo!
Um agradecimento especial para o Rael, papai querido, que cuidou tanto do Feli hoje de manhã pra eu poder descansar!
quarta-feira, 11 de fevereiro de 2015
segunda-feira, 9 de fevereiro de 2015
O Desafio de não ser mãe
Eu casei bem novinha, com 18 anos. Quando eu falava que já
era casada as pessoas imediatamente associavam meu casamento com um filho,
então eu ficava orgulhosa de dizer: NÃO. NÃO casei por ter tido um filho, casei
porque quis!
Com 4 anos de casamento, a mesma pergunta tinha um som
diferente. A pessoa perguntava “E já tem filhos?” ...mas pra mim parecia “COMO
ASSIM AINDA NÃO TEM FILHOS?”
Com o tempo, comecei a mentir dizendo “Não queremos filhos”.
Depois vi que não ia adiantar e abri meu coração: “Tentamos, mas não podemos”
Agora quero falar pra você que passa pela situação da
infertilidade, quando eu abri meu coração, as pessoas pararam de perguntar e as
que sabiam pararam de sentir dó e começaram a orar por nós. Eu pude ajudar algumas
queridas amigas (algumas que nem conheço) a procurar tratamentos e encorajar-se
a assumir a infertilidade.
É um desafio ver adolescentes que não querem bebês ficarem
grávidas
É um desafio ver bebezinhos sendo jogados nos latoes de lixo
e alguém ligar pra você falando “Viu que jogaram um bebê no lixo, e você
querendo ser mãe, não pode!”
É um desafio ver as amigas, cunhadas, primas conversando
sobre maternidade e você não poder dar palpite, afinal, você nunca esteve lá.
É um desafio engolir choro toda hora.
É um desafio querer ver uma mistura sua e do seu marido e
não poder.
É um desafio o sentimento de não poder dar um filho pro
marido que a gente tanto ama.
É um desafio querer um cachorro pra ver se aquele buraco no
peito passa.
É um desafio pedir que o Senhor faça a vontade Dele mesmo
você querendo muito um filhinho.
É um desafio assumir a infertilidae.
É um desfio escutar o médico falando “Zero porcento de
chance com esse exame desse jeito aqui” e não chorar no consultório.
É um desafio ter um apartamento studio, já que a gente não
vai ter filhos.
É um desafio olhar nos olhos do marido e ambos aceitarem a
situação de não ter filhos na mortalidade.
É um desafio ser filha única e não poder dar netos pros pai.
É um desafio sentir dores e as pessoas pensarem que tudo é
psicológico.
É um desafio seguir em frente as vezes.
Passar pela infertilidade é um aglomerado de desafios, mas
temos pessoas nessa Terra que nos amam e querem nosso bem. Pode ser um desafio
e tanto abrir o coração pra outra pessoa que não seja o marido ou a nossa
mãe... mas veleu a pena pra mim. Eu abri meu coração pro meu blog, pra amigas e
estranhos que talvez leram e eu nem conheço...mas segui meu coração em fazer
isso.
O desafio de não ser mãe é muito, muito doloroso...mas como
todo peso que temos, se tivermos pessoas pra nos ajudar a carregar...o fardo
fica mais leve!
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